quinta-feira, 14 de maio de 2009

A poetisa da Embriaguês Severina Branca num mote que a imortalizou disse:


Severina Branca:

O silêncio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras.

Inda sinto o tremor das mãos sujas
Afagando o meu corpo pecador
Ao invés do prazer sentia dor
E no meu peito a voz dizendo fujas.
Entre as brechas das telhas as corujas
Agouravam as minhas desventuras
Eu gritava pra Deus lá nas alturas
Leve logo este ser que é tão sofrido
O silêncio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras.

Quantos homens chegavam embriagados
Dando chutes na porta como loucos
Os gentis para mim foram tão poucos
Eram seres tristonhos, reservados.
Eu perdi a noção dos meus pecados
Pela fome com facas de perjuras
Que cortava minha alma com agruras
E sangrava o meu peito já ferido
O silêncio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras.

Um comentário:

  1. Eu conheço Severina Branca desde que eu me entendo por gente!!!
    seus versos são os mais bonitos que já vi em toda a minha vida

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