quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O poeta Diniz Vitorino falando de ciência e natureza disse:




Diniz Vitorino

E as abelhas pequenas, sempre mansas
Com as asas peludas e ronceiras
Vão em busca das pétalas das roseiras
Que se deitam no colo das ervanças
Com ferrões aguçados como lanças
Pelo cálix das flores bebem essência
E fazem mel que os mestres da Ciência
Com os séculos de estudo não fabricam
Porque livros da Terra não publicam
Os segredos reais da Providência.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O poeta Zé Adalberto inspirado disse:



Retirei seu retrato da Carteira
Sem tirar seu amor do Coração

Seu veículo de amor ainda cabe
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.

Da carteira eu tratei de dar um jeito
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O poeta Zé Cardozo falando de saudade glosou:



Zé Cardoso

A saudade também é homicida,
que não poupa o desejo de ninguém,
bate forte na hora que ela vem,
não me beija na hora da partida,
no meu peito ela abriu uma ferida,
mas ninguém cura essa enfermidade,
a tristeza agoniza e me invade,
dói mais do que íngua e dor de dente.
Tenha amor, queira bem e viva ausente,
pra saber quanto dói uma saudade.