sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Poeta Chico Arruda declamou na Cantilena da Ingazeira a poesia de Otávio Maia:



 Poesia de Otávio Maia

O ministro da nossa agricultura
Deveria olhar mais o lavrador
É preciso que dê mais cobertura
À nosso humilde agricultor
Esse bravo guerreiro sem medalha
Que não tem vaidade só trabalha
Para ter seu futuro garantido
O lazer que conhece é o roçado
Mas é sempre um herói injustiçado
Que não tem seu valor reconhecido.

Confiando em Deus prepara a terra
Para melhor plantar os cereais
Sua luta constante é uma guerra
Sem apoio das classes sindicais
Alguns deles que o banco financia
Tem que por o que tem na garantia
Tudo feito com muita segurança
O direito lhe é sempre negado
Se ele fosse um ladrão engravatado
Lhe dariam com toda confiança

A família não conta regalias
Para eles só há dificuldades
Mas sem eles doutor o que seria
Desse povo que mora na cidade
D’onde vem essa roupa que vestimos
O arroz, o feijão que consumimos.
A manteiga, a farinha e o cuscuz.
No mercado, nas lojas e nas feiras.
Quase tudo que tem prateleira
É o homem do campo que produz.

Parabéns ao homem da lavoura
Esse bravo guerreiro sem fuzil
Essa gente humilde e bem feitora
Que garante a grandeza do Brasil
Parabéns ao povo heroico e bravo
Que resiste até mesmo sendo escravo
Nem que seja esquecido e relevado
Vai a luta e não mostra pessimismo
Pois se for pra votar em heroísmo
O meu voto é no homem do roçado.

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