Poesia de Otávio Maia
O
ministro da nossa agricultura
Deveria
olhar mais o lavrador
É
preciso que dê mais cobertura
À
nosso humilde agricultor
Esse
bravo guerreiro sem medalha
Que
não tem vaidade só trabalha
Para
ter seu futuro garantido
O
lazer que conhece é o roçado
Mas
é sempre um herói injustiçado
Que
não tem seu valor reconhecido.
Confiando
em Deus prepara a terra
Para
melhor plantar os cereais
Sua
luta constante é uma guerra
Sem
apoio das classes sindicais
Alguns
deles que o banco financia
Tem
que por o que tem na garantia
Tudo
feito com muita segurança
O
direito lhe é sempre negado
Se
ele fosse um ladrão engravatado
Lhe
dariam com toda confiança
A
família não conta regalias
Para
eles só há dificuldades
Mas
sem eles doutor o que seria
Desse
povo que mora na cidade
D’onde
vem essa roupa que vestimos
O
arroz, o feijão que consumimos.
A
manteiga, a farinha e o cuscuz.
No
mercado, nas lojas e nas feiras.
Quase
tudo que tem prateleira
É o
homem do campo que produz.
Parabéns
ao homem da lavoura
Esse
bravo guerreiro sem fuzil
Essa
gente humilde e bem feitora
Que
garante a grandeza do Brasil
Parabéns
ao povo heroico e bravo
Que
resiste até mesmo sendo escravo
Nem
que seja esquecido e relevado
Vai
a luta e não mostra pessimismo
Pois
se for pra votar em heroísmo
O
meu voto é no homem do roçado.
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