Vê-se
um sujeito ladrão
De
um porte muito bonito
Vê-se
um sujeito esquisito
Que
tem um bom coração
Vê-se
um padre no sermão
Pregando
Deus sem ter fé
E um
bebo no cabaré
A
Jesus fazendo prece
Que
um é porém não parece
Outro
parece e não é
Vê-se
um homem de riqueza
Mas
que deve a todo mundo
Vê-se
um pobre moribundo
Pagador
sem esperteza
Vê-se
um rico com avareza
Que
nega até um café
E um
pobre no seu chalé
Tudo
que tem oferece
Que
um é porém não parece
Outro
parece e não é
Vê-se
um poeta metido
Com
versos fracos demais
Se
achando muito sagaz
Mas
de dom bem reduzido
Enquanto
um vate contido
Simples
da cabeça ao pé
Faz
versos feito um Dedé
E
quem ouve nunca esquece
Que
um é porém não parece
Outro
parece e não é
Vê-se
um sujeito bem grosso
Bem
metido a ser machista
Mas
longe da nossa vista
É
viado até o osso
Enquanto
vê-se outro moço
Gentil
que não botam fé
Mas
que quando vê mulher
Ele
é quem mais comparece
Que
um é porém não parece
Outro
parece e não é
Antes
de julgar alguém
Conheça
bem a pessoa
Pois
nem sempre gente boa
Boa
aparência mantém
E o
preconceito é o trem
Que
leva o homem de ré
Não
fale qualquer Zé
Se
você não o conhece
Que
um é porém não parece
Outro
parece e não é.
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