sábado, 24 de outubro de 2009
O poeta André Sarafim, inspirado num mote de Braulio Tavares, glosou.
A marreta da morte é tão pesada
que a pedreira da vida não aguenta
O cabôco quanto intera sua sina
e a velhinha da foice lhe aparece
por mais que ele faça prece
ela lhe agarra com força de menina
e a beleza da vida que fascina
não existe quando passa dos sessenta
se lhe resta coragem inda tenta
mas sem êxito se entrega pra malvada
a marreta da morte é tão pesada
que a pedreira da vida não aguenta
Qué vê ruim e pr'um rapaz
com apenas vinte e cinco de idade
nunca teve direito à vaidade
pois um câncer lhe disfaz
a cada dia mais e mais
regressiva a contagem aumenta
a esperança aos poucos não sustenta
e a familha pro pior é preparada
a marreta da morte é tão pesada
que a pedreira da vida não aguenta
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